Tempo de leitura: menos de 1 minuto
Olá pessoal!
Hoje disponibilizarei uma apostila que fala sobre biodegradação de corantes através de fungos.
Tema: Biodegradação de Corantes e Efluentes Têxteis por Fungos
Autores: Aline Ramalho Brandão Pereira (Universidade Federal de Lavras – Departamento de Biologia – Laboratório de Microbiologia e-mail: aline.uflamg@gmail.com), Frank Lucarini Bueno (Universidade Federal de Alfenas – Instituto de Ciências Biomédicas Laboratório de Microbiologia), Samantha Cristine Santos (Universidade de São Paulo – São Carlos – Departamento de Engenharia Hidráulica e Saneamento), Cláudio Antônio Andrade Lima (Universidade Federal de Alfenas – Instituto de Ciências Biomédicas Laboratório de Microbiologia), Amanda Latércia Tranches Dias (Universidade Federal de Alfenas – Instituto de Ciências Biomédicas Laboratório de Microbiologia).
Link da apostila por completo: Biodegradação de Corantes e Efluentes Têxteis por Fungos
Resumo:
“Os resíduos da indústria têxtil se caracterizam por sua baixa degradabilidade, alto potencial mutagênico e carcinogênico, podendo atingir o meio ambiente e a saúde pública. O emprego de fungos, principalmente, basidiomicetos degradadores de lignina, tem sido cada vez mais utilizado devido à produção de enzimas ligninolíticas de baixa especificidade, que podem ser ap licadas na degradação de compostos fenólicos. A triagem de fungos provenientes de ambientes contaminados também é de grande importância para a seleção de microrganismos com potencial degradativo, pois, se os mesmos conseguem proliferar neste ambiente, certamente possuem um sistema enzimático que lhes permita metabolizar as espécies químicas presentes no local. O objetivo deste trabalho foi isolar fungos da estação de tratamento de efluentes de indústrias têxteis e avaliar a degradação de corantes e efluentes por estes fungos e por fungos com capacidade degradativa conhecida. Os fungos padrões utilizados foram Lentinula edodes e Paraconiothyrium estuarinum. Os corantes em estudo foram Remazol Brilliant Blue R (RBBR), Reactive Yellow 145, Reactive Red 195 e efluente têxtil. A mesma espécie fúngica (Geothricum candidum) foi isolada do tanque de aeração de ambas as indústrias têxteis investigad as. Foram feitos testes em meio sólido e líquido, sob diferentes condições de incubação e pH. Foi observada melhor capacidade degradativa nas amostras sob agitação. O fungo isolado da estação de tratamento não degradou o corante RBBR, porém, demonstrou capacidade de degradação do efluente em pH 9, a 35°C e na presença de tampão acetato de sódio. Lentinula edodes degradou todos os corantes e efluentes, e os melhores resultados foram obtidos em pH 5 na presença de tampão. O fungo Paraconiothyrium estuarinum não degradou o corante RBBR, porém, apresentou capacidade degradativa considerável dos corantes Reactive Yellow 145 e Reactive Red 195. A partir destes resultados, há perspectivas de utilização destes fungos no tratamento de efluentes têxteis, inoculando aqueles com capacidade degradativa conhecida durante o tratamento ou criando condições para que os existentes no local cresçam e degradem os compostos existentes.”
Fonte: Textile Industry