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O náilon reciclado vai ter o mesmo sucesso do poliéster reciclado? Até agora chamado de náilon verde, ele é consideravelmente mais complicado de ser reciclado do que outros materiais derivados do petróleo. Tanto que só existem avanços na indústria do tapete, mas pouca coisa em vestuário ou acessórios. Mesmo assim, a fibra ganhou impulso, com grande empresas do setor investindo em pesquisas para conseguir resultados melhores. Entre elas, gigantes dos fio e varejistas de prestígio, como Patagônia, Donna Karan e H&M, que já incluíram náilon reciclado em suas linhas. Essa fibra de última geração tem o desafio de entregar a mesma qualidade e desempenho do náilon convencional.
Segundo artigo publicado pelo portal de moda Stylesight, a principal dificuldade para se conseguir o náilon reciclado é a quebra dos polímeros. Por isso, ele demorou tanto para ser desenvolvido. Hoje, existem duas formas de trabalhar esse material: reutilizando ou reciclando. O britânico Christopher Raeburn faz parte do primeiro time. O designer aproveitou o náilon de pára-quedas para construir parkas super modernas. A reciclagem envolve resíduos de consumo (plástico, meias arrastão, tapetes velhos, sucatas de fiação e outros resíduos industriais).
Entre os fios de nálion reciclado estão o israelense Ecorare por Nilit (ótimo para lingerie, malharia e activewear), o americano Repreve por Unifi (100% reciclado a partir de meias arrastão descartadas), o sul-coreano Mipan Regen da Hyosung, o japonês Recyclonda Toray Industries, o espanho Reco, da Nurel (feito a partir de resíduos industriais, com foco em lingerie, moda praia roupas esportivas e decoração). O italiano Sequoia, lançado em abril passado pela Carvico Itália, é um tecido de malha-urdidura de nylon reciclado. As maiores vantagens do náilon recidclado são a menor emissão de CO2 (sua produção emite 70% do que a do náilon virgem), menos tempo de biodegradação.