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Controlar as águas pode parecer difícil, mas é bem possível em grande parte dos casos. Para que inundações (sempre inesperadas) possam ter suas consequências diminutas o melhor caminho é apostar em técnicas de soluções para drenagem.
Apesar de hoje essa ser uma opção altamente tecnológica, as possibilidades de drenagem e melhoramento de condições do solo surgiram há mais de três mil anos, quando os povos se utilizavam de bambu, palha e grandes folhas para reforçar fundações e estruturas – inclusive as grandiosas, como as muralhas da China. Atualmente, para as soluções em drenagem e melhoramentos, a técnica mais badalada advém da utilização dos geossintéticos, materiais de origem sintética que fazem exatamente o papel de reforço nas diversas construções.
Na hora de pensar em condições do solo e sua ligação com geossintéticos, principalmente na área das drenagens, não é preciso ir longe: afinal, a tecnologia para essa finalidade está em, praticamente, toda e qualquer obra que envolva a palavra solo, seja ela um muro de arrimo ou até uma rodovia. Para a correta drenagem do solo, no intuito de evitar grandes inundações, contamos com geossintéticos também nas barragens, com a função de filtrar, reforçar e impermeabilizar o solo – além de, é claro, drená-lo.
Os geocompostos drenantes sintéticos são uma ótima opção para drenagem do solo, pois são formados pela associação de filtros geotêxteis e núcleos drenantes em geomantas, o que garante a efetividade dessa implementação na construção de solo.
Fonte: http://geofoco.com.br/produto/geotextil-tecido
Outros bons exemplos para a drenagem perfeita são as geogrelhas (Figura 1), utilizadas principalmente no reforço de solos moles, e as geomembranas (Figura 2), que são usadas na impermeabilização de aterros sanitários.
Apesar de serem bastante eficientes na drenagem, os geossintéticos nem sempre conseguem lidar com anos de abandono de ações de drenagem, principalmente no macro contexto das cidades. Inundações com as que atingem fortemente lugares como São Paulo, por exemplo, fazem parte dessa triste estatística de descaso com os cuidados do solo pelos sucessivos governos. E, para esse tipo de intervenção, não é só o geossintético que aparece como solução para drenagem: é preciso muita vontade política, dedicação, recursos financeiros maiores e revisão tecnológica para que materiais sintéticos possam realmente fazer a diferença em contextos mais amplos.
Além disso, seja para uma grande obra, como rodovia, ou pequena obra, como uma casa, a drenagem do solo deve ser prioridade dos responsáveis e interessados. “Esquecer” de aplicar no início soluções para drenagem do solo não apenas pode resultar em dor de cabeça no futuro, mas é também uma questão que vai de embate à palavra de ordem nesse momento da sociedade: a sustentabilidade. Os especialistas afirmam que a inovação tecnológica feita através do modelo não-estruturante de ações de drenagem, principalmente urbanas, já é dominante no setor de saneamento ambiental, pelo menos no Brasil. A esperança de especialistas e construtores é que, aos poucos, a mente dos governos e da sociedade estejam de encontro a medidas mais sensatas e sustentáveis para as intervenções de solo.
